“Com o aumento das
críticas à TV Globo pelos manifestantes, a Mídia Ninja se tornou rapidamente
uma fonte confiável de informação para muitos dos envolvidos nos protestos e
transmitiu ao vivo manifestações em todo o Brasil”, diz um texto do jornal
britânico The Guardian, publicado um dia após a chegada do papa
Francisco ao Rio de Janeiro.
Em junho, em meio às manifestações no Brasil,
quando milhares de cidadãos foram às ruas protestar contra a corrupção, falta
de infraestrutura, etc., a Mídia Ninja teve o seu ápice. Mas o que era essa tal
Mídia Ninja? O que ela faz? Como ela trabalha? Muitas pessoas se questionavam,
e eu era uma delas.
Ninja é a sigla de Narrativas Independentes,
Jornalismo e Ação, um grupo de jovens que ficava bem próximo aos jovens manifestantes e
policiais, e usava da tecnologia, como smartphones, câmeras, notebooks e conexão 3G, para divulgar ao vivo os protestos que aconteciam
nas ruas e os confrontos com a polícia.
Em 5 de agosto, Pablo Capilé e Bruno
Torturra, que fazem parte do grupo Mídia Ninja, participaram do Programa Roda
Viva, onde fizeram vários esclarecimentos sobre essa nova alternativa para o
jornalismo no futuro. A prova de que o jornalismo tradicional envelheceu nos
últimos tempos, foi o “baile” que os jornalistas da banca entrevistadora
levaram de Capilé e Torturra.
A Mídia Ninja pretende aumentar seu alcance
e conseguir mais estrutura de trabalho. Para isso, eles dão a entender que
pretendem financiar seu trabalho com o apoio dos próprios leitores, como
assinaturas de baixo valor, por exemplo, e oferecendo em troca site com
conteúdos, além das coberturas ao vivo.
Na entrevista, algumas coisas deixam
dúvidas. A questão do grupo Fora do Eixo, por exemplo, um coletivo comandado
por Pablo Capilé, que financia os ninjas. O Fora do Eixo é uma cooperativa de
pequenos produtores de eventos. De acordo com Capilé, 30 mil artistas conseguem
sobreviver de sua música. Os shows que eles organizam têm ingressos a preços
baixos e eventualmente, são gratuitos.
Segundo a Folha, o coletivo captou cerca de 12 milhões de reais de verbas do governo entre 2010 e 2012. O problema é que não se sabe como ele é aplicado.O que falta é a transparência do Fora do Eixo, e isso que vai fazer toda a diferença para a causa.
Apesar dos prós e contras, acredito que esse conteúdo colaborativo pode influenciar a mídia tradicional, e quem ganha são os próprios leitores, com mais informação de qualidade e de todos os ângulos.
Caroline Silva.
Caroline Silva.
Segundo a Folha, o coletivo captou cerca de 12 milhões de reais de verbas do governo entre 2010 e 2012. O problema é que não se sabe como ele é aplicado.O que falta é a transparência do Fora do Eixo, e isso que vai fazer toda a diferença para a causa.
Apesar dos prós e contras, acredito que esse conteúdo colaborativo pode influenciar a mídia tradicional, e quem ganha são os próprios leitores, com mais informação de qualidade e de todos os ângulos.
Caroline Silva.
Caroline Silva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário