sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Revolução no Jornalismo?



Para quem está envolvido no meio jornalístico atualmente, repara em certas mudanças radicais nas mídias. Fechamento de revistas do Grupo Abril e redução de redações, jornais demitindo funcionários e redações sendo fechadas. Estamos passando por uma “limpa geral” no jornalismo.

Nas manifestações ocorridas no país, e que chamaram a atenção de governo e das grandes mídias como a Globo, um novo elemento se destacou em meio a tanto caos: os chamados Mídia Ninja foram destaque na cobertura em tempo real de toda a barbaridade, confusão e destruição ocorrida. Nem mesmo mídias rápidas de divulgação como facebook ou twitter tiveram tanta clareza e qualidade na transmissão desses fatos.

A curiosidade sobre como funciona o Mídia Ninja foi tanta que a bancada experiente do Roda Viva, na TV Cultura, convidou Bruno Torturra e Pablo Capilé, responsáveis pelo veículo, para relatar o projeto do Mídia. Para quem pode acompanhar toda a entrevista, o veículo, segundo eles, é independente de patrocínios e isento de partidos políticos. O sistema que mantém o Mídia é um tanto quanto confuso, de casas coletivas com 20 pessoas, que trabalham fora e ajudam no lucro. Pablo até que explicou detalhadamente o sistema, mas sentimos que o programa termina com algumas dúvidas.

Então vêm as grandes discussões que o Roda Viva trouxe: o Mídia Ninja é jornalismo? O sistema que eles criaram é válido? O que eles pretendem mover no jornalismo com suas ideologias? Chegamos a uma discussão do jornalismo atual, em que os jovens já acreditam nos grandes jornais, nas mídias dominadoras e no jornalismo patrocinado e partidário de hoje. Passaríamos por uma revolução? Os Ninjas demonstram que sim, indiretamente, mas será que o país, e consequentemente o mundo, estariam prontos para essa mudança?

Os Ninjas trazem um jeito inovador de fazer jornalismo, mais dinâmico, direto e realista, independente de empresas e partidos. Podemos dizer que estaríamos tendo uma mídia isenta de poderes? Ainda há muitos capítulos nessa história, mas se houver uma grande mudança, só os futuros jornalistas, que atualmente são os jovens atrás de um país igualitário, poderão presenciar ao longo do anos.  

Nicholas Araujo

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